terça-feira, 11 de outubro de 2011

PASSO A PASSO PARA DESENHAR A PLANTA DE TUBULAÇÃO


As plantas de tubulação devem ser elaboradas de acordo com as normas PETROBRAS N-381, N-59, N-90, e N-1521, exceto quando definido de forma diferente pela PETROBRAS, ou seja antes de começarmos o desenho é bom darmos uma olhada nestas normas.
Para começar o desenho de nossa planta de tubulação, iremos primeiro mensurar se iremos conseguir representar em uma escala adequada a área total da planta de arranjo geral em uma única planta de tubulação.

Feito a divisão da área da planta de arranjo geral, iremos agora começar o desenho da planta de tubulação pelos limites da área da unidade a ser representada. Essa linha limite será representada por linha larga interrompida por dois traços 

 (_______  _ _ ________ _ _ ________) e tiramos as dimensões desta área da planta de arranjo geral.


Logo após, iremos desenhar os contornos dos equipamentos, vasos, bombas, bem como as suas bases de concreto, e também prédios, ruas e outros objetos de difícil locomoção, determinando assim a posição dos mesmos dentro da unidade (baseia-se nas posições da planta de arranjo geral). Esses itens serão representados por sua vista superior (já que a planta de tubulação é um desenho projetivo) com linha estreita.

Contorno dos vasos e equipamentos.


Vasos e equipamentos com suas bases.

Depois que fizer os contornos dos equipamentos, insira as linhas de centro dos mesmos:


Observe que nas bombas inserimos linhas de centro passando pelos bocais.

Agora vamos começar a traçar as tubulações necessárias para o projeto de nossa unidade. Para começar utilizaremos linha larga para representar as tubulações, sendo que os tubos de diâmetro nominal até 12” devem ser representados por traço único na sua linha de centro e os tubos de diâmetros maiores devem ser representados (em escala) por 2 traços paralelos, com sua linha de centro indicada e utilizada com referência para as cotas e identificação.


Para sabermos que tubulações devem ser traçadas, teremos que ter em mãos o fluxograma mecânico, que nos dirá a movimentação dos fluidos na unidade. Assim, começaremos a traçar as tubulações de maior diâmetro, e depois as tubulações principais, aquelas que vão de um equipamento para o outro, ou seja, que já tem uma posição pré-fixada pela necessidade do projeto. Depois, traçaremos as linhas auxiliares, os by pass e etc. Para sabermos que linhas estão passando acima ou abaixo das outras, prestemos atenção na elevação dos bocais dos equipamentos, e a partir deles, fixemos as elevações das outras linhas.
Para distinguirmos que linhas estão descendo ou subindo, utilizaremos a seguinte simbologia:




Continuando, chamamos a atenção para as interseções entre linhas horizontais e verticais, orientando para que você interrompa a linha horizontal e deixe a vertical contínua.


Também fique atento para colocar setas indicativas de fluxo nas linhas desenhadas. Essas setas poderão ser posicionadas na posição que fique mais clara na planta de tubulação, ou seja, não precisa ser posicionada nas mudanças de direção como no caso do fluxograma mecânico.

Para desenhar os instrumentos e válvulas, fique atento para as normas da PETROBRAS (N-59). Como a planta de tubulação é um desenho projetivo, teremos que representar as válvulas nas diferentes posições que aparecerem vistas de cima, ou seja, poderemos ter que representar as válvulas tanto de frente, de lado, ou vistas de cima, dependendo da sua posição espacial na unidade. Teremos todas essas simbologias na Norma N-59 da PETROBRAS.

Obs.: as válvulas também deverão estar em escala, para isso, você deverá verificar as suas dimensões nos desenhos de detalhamento de cada equipamento utilizado.
Após traçarmos as tubulações, esta na hora de colocarmos as cotas e elevações no desenho.


As cotas e elevações serão representadas em milímetros. Poderemos tirar essas informações da planta de arranjo geral, bem como da própria planta de tubulação que estamos fazendo, já que o desenho está em escala.



Juntamente com as cotas e elevações, inserimos as tags das tubulações, equipamentos e instrumentos, da mesma forma que aprendemos para os fluxogramas. As tags podem vir nas linhas de centro do equipamento, em balões, ou fora da área limitada para a unidade como na imagem abaixo:


Indicamos com uma seta para ficar claro que a tag pertence a determinada linha.
Feito isso, analisamos o desenho para sabermos se:
não há interferências das tubulações entre si ou com vasos, equipamentos, estruturas, suportes, etc.;
as posições das válvulas e de outros acessórios e equipamentos estão acessíveis para operação e manutenção;
os vãos entre os suportes estão dentro dos limites admissíveis
são suficientes as larguras das faixas reservadas para a passagem de tubulações que constam na planta de arranjo geral;
está de acordo com o respectivo fluxograma;
os traçados têm flexibilidade suficiente;
Obs.: ao plotarmos o desenho, este deverá estar em preto e branco, as cores utilizadas aqui são para distinguir os traços no programa que utilizamos.